segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Paixão de Cristo, uma farsa Satânica



Esta criação cinematográfica de Mel Gibson é uma produção para ninguém botar defeito, porque agrada a gregos e troianos. Ela tem sido um deleite para católicos, maçons, novaerenses, espíritas, hinduístas, budistas, muçulmanos e também para os semi-analfabetos bíblicos, conhecidos antigamente como protestantes, mas que deixaram de protestar há muito tempo.
No filme, a figura de Maria é enaltecida como co-redentora que transmite, através de várias cenas chocantes, as mensagens do catecismo católico romano, e deturpa a mensagem de Paulo aos colossenses 1.24, que afirma: "Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja".
O catecismo católico romano declara: "Isso foi supremamente alcançado no caso de sua mãe, a qual associou-se mais intimamente do que nenhuma outra pessoa com o mistério do seu sofrimento redentor... O papel de Maria para com a Igreja é inseparável de sua união com Cristo, decorrendo diretamente dela. Esta união de Maria com o seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde a hora de sua concepção virginal até a sua morte. Ela é particularmente manifestada na hora da paixão de Cristo".
O logotipo da companhia cinematográfica de Gibson é um olho grande, o que nos mostra ser ele um membro da Nova Era. No filme, Cristo é mostrado com o olho direito inchado e fechado, a fim de fazer cumprir Zacarias 11.17, que diz: "Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho; a espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá". Esta é uma manobra satânica para confundir Jesus com o Anticristo, que se assentará como Deus no templo que será construído em Jerusalém, conforme nós evangélicos entendemos.
O evangelho de João 10.11,14,15,17,18 registra: "Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas. Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai".
Que história é esta de que Jesus ajoelhou-se diante do diabo no monte das Oliveiras? O satanismo é patente neste filme do começo ao fim, ao apresentar Jesus no Getsêmani vencido, prostrado diante de Satanás, quando os quatro evangelistas não registram tal acontecimento. Lucas 22.42,43 registra: "Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu que o confortava".
Entendo que nesta passagem supracitada Jesus, por seu próprio desejo, poderia ter renunciado à morte, mas se sujeitou à vontade do Pai, que lhe enviou um anjo, a fim de confortá-lo e fortalecê-lo. Isso fica explícito no momento de sua prisão, registrada com propriedade por João 18.4-9: "Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava também com eles. Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra. Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus, o Nazareno. Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes, para se cumprir a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi".
Acredito que a profecia de Zacarias 11.17 terá o seu cumprimento no final da Grande Tribulação, quando Jesus se manifestar como Rei dos reis e Senhor dos senhores e dominará totalmente o Anticristo, conforme está descrito em Isaías 63.3,5,6: "Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. E olhei, e não havia quem me ajudasse; e espantei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que o meu braço trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. E pisei os povos na minha ira e os embriaguei no meu furor, e a sua força derribei por terra".
Apocalipse 19.15,20,21 confirma esta passagem: "E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes".
Deus, literalmente, fará secar o braço deste inútil pastor, o Anticristo, e escurecerá o seu olho direito, porque, por conveniência, quebrará o pacto de sete anos que fará com os judeus, conforme nós evangélicos interpretamos: "E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares..." (Dn 9.27a).
Deus escolheu três homens no decorrer dos tempos, a fim de resgatar a humanidade da condenação eterna:
Abraão. Ele teve uma chamada específica, com a seguinte promessa: "E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.2,3). Ele se estabeleceu em Canaã, onde Deus o provou e finalmente o considerou aprovado: "E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz". Por isso, no plano da salvação, ele é considerado o amigo de Deus (Tg 2.23).
Davi. Deus estabelece um pacto eterno com ele, conforme descreve 2 Samuel 7.16: "Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre". Davi, no plano da salvação, é considerado o homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14).
Jesus. Lucas, o médico que se converteu ao cristianismo, fez uma pesquisa minuciosa e transmitiu-a a seu amigo Teófilo, conforme está escrito no preâmbulo de seu evangelho: "Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado" (Lc 1.1-4).
Lucas registra a aparição do anjo a Maria, o qual lhe transmite a mensagem divina a respeito de Jesus: "Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim" (Lc 1.32,33).
Maria, em seu louvor de agradecimento a Deus, declarou: "Com o seu braço agiu valorosamente, dissipou os soberbos no pensamento de seu coração, depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes; encheu de bens os famintos, despediu vazios os ricos, e auxiliou a Israel, seu servo, recordando-se da sua misericórdia (como falou a nossos pais) para com Abraão e sua posteridade, para sempre" (Lc 1.51-56).
Portanto, contemplamos o plano da salvação concretizado através do elo existente entre Abraão, o amigo de Deus; Davi, o homem segundo o coração de Deus; e Jesus, o Homem perfeito.
Deixemos de ser hipócritas e paremos de condenar os judeus como os causadores da morte de Cristo. Nós, toda a humanidade, somos os culpados pela sua morte expiatória na cruz do Calvário. Ele próprio previu este acontecimento, quando declarou ao fariseu Nicodemos, príncipe dos judeus: "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.14,15). Em um encontro que Jesus teve com um grupo de fariseus, Ele lhes disse: "Quando levantardes o Filho do Homem, então conhecereis quem eu sou e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. Dizendo ele essas coisas, muitos creram nele" (Jo 8.28,30).
Os judeus, por desígnio divino, determinaram a morte de Jesus em prol da salvação deles próprios e de toda a humanidade, conforme esclarece Paulo em Romanos 5.19: "Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos". E Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz (Fp 2.8).
Mel Gibson enfatiza, exageradamente, o sofrimento de Cristo, desde sua prisão até seu brado de morte. Critico veementemente este sensacionalismo, porque tudo o que Ele sofreu, padeceu por nós em cumprimento do que Deus determinou em Isaías 53.10,11: "Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si". Paulo confirma esta passagem em Romanos 5.1: "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo".
O que mais me impressionou no satanismo exacerbado do filme de Mel Gibson, foi a ressurreição de Cristo. Ele apresenta um Jesus, que não é o meu Senhor e Salvador, totalmente vencido e nu. Pelo que nós sabemos, o Filho de Deus ressuscitou triunfante e vencedor, conforme descreve Mateus 28.2-4: "E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste branca como a neve. E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados e como mortos".
Jesus ressuscitou no mesmo corpo, mas transformado, ou seja, imortal, imaterial e com vestes resplandecentes, que o permitia entrar em qualquer recinto sem pedir que o abrissem a porta, como aconteceu nas diversas vezes que apareceu no cenáculo aos seus discípulos, conforme descreve Lucas 24.36-39: "E, falando eles dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho".
Inclusive, os primeiros beneficiários da morte e ressurreição de Jesus foram os próprios judeus. Eles eram quase 120 presentes no cenáculo no dia do cumprimento da promessa feita por Deus, descrita por Joel 2.28. Por causa do barulho que este acontecimento causou, milhares deles dirigiram-se àquela localidade e, após ouvirem o discurso de Pedro, chegaram à seguinte conclusão: "Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas" (At 2.37,38,41).
No segundo discurso de Pedro, desta feita realizado no Templo, após a cura do coxo da Porta Formosa, mais quase dois mil se converteram a Cristo, conforme descreve Atos 4.4: "Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil". Só muito tempo depois após a formação da comunidade exclusivamente judaico-cristã, é que o primeiro gentio, Cornélio, general romano, alcança o privilégio de conhecer Jesus como Salvador, conforme descreve Atos 10.34,35: "E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo".
Portanto, Gibson, não foi desta vez que você conseguiu colocar seu melado em nossa boca. 
Pr. Mardonio Nogueira Ex-sacerdote romano, Pastor em São Bernardo do Campo, SP, Pedagogo pela UERJ, Coordenador Pedagógico da FAESP,
ex-Diretor de Publicações da CPAD.

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1 comentários:

  1. Eu também acho esse filme horrível estranho e com cenas satânicas, não acredito que jesus foi massacrado desse jeito e não suporto ver aquelas cenas horríveis.parece filme de terror

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